Nomofobia: o vício em tecnologia
Você vive conectado? O celular já é a extensão do seu corpo? Então você precisa saber mais sobre a nomofobia!
Desde o começo dos anos 90 a tecnologia vem adquirindo avanços consideráveis que implicam no nosso dia a dia. Um deles é o smartphone, segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT) são mais de 7 bilhões de aparelhos celulares em uso no mundo. No Brasil, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) são 242 milhões de celulares, o que ultrapassa a barreira de um celular por habitante. Entre janeiro e agosto de 2017 foram mais de 280 mil novos celulares que saíram das lojas para as mãos dos brasileiros.
Os smartphones, além das câmeras de alta resolução, trazem inúmeras outras facilidades como acesso a e-mails, redes sociais, pesquisas, serviços de streaming, até mesmo transações financeiras e múltiplas outras possibilidades. Assim como tudo que é usado descontroladamente, o smartphone, apesar de suas inúmeras vantagens, em algumas pessoas pode causar a chamada nomofobia, abreviação, do inglês, para no-mobile-phone phobia.
Fobia dos tempos modernos
A nomofomia é o medo descontrolado, um sentimento de angústia ou ansiedade causados quando não se tem acesso ao celular. A expressão foi criada na Inglaterra, quando a empresa SecurEnvoy realizou uma pesquisa que apontava 66% dos ingleses com o medo de perder ou estar longe dos seus smartphones.
O psiquiatra Vitor Breda fala, neste vídeo, sobre o perfil de quem é mais suscetível a desenvolver a nomofomia, além de sintomas e tratamentos para quem precisa lidar com esse tipo de transtorno criado na era digital.
Riscos
A dependência de celular e internet pode levar a uma predisposição para outros transtornos psiquiátricos como depressão e ansiedade. Além disso, problemas físicos como: fadiga, dores musculares, tendinites, dores de cabeça, insônia, sedentarismo e aumento de peso. Entre os mais graves riscos, do uso excessivo de celulares, estão os acidentes de trânsito. “Algumas evidências sugerem que o risco em acidentes de carro aumente em um nível semelhante ao de dirigir sob efeito de álcool”, diz Vitor Breda quando se refere ao risco de dirigir e ao mesmo tempo usar os smartphones. Ou, ainda, quedas e atropelamentos. Em países como o México, por exemplo, os acidentes de trânsito causados pelo uso do aparelho celular supera os causados por embriaguez.
Dicas para não cair no vício da tecnologia
- Não perca o seu sono – Evite levar o celular para a cama. Desligue ou deixe fora do seu quarto. Se a desculpa é usar o aparelho para despertar, compre um despertador.
- Ao acordar use a regra dos primeiros 45 minutos – pela manhã se prepare para o dia que terá pela frente. Nessa primeira hora esqueça que você tem um celular.
- Carro ligado, celular desligado- em um primeiro momento você começa economizando em multas. E, o principal, vai reduzir drasticamente a chance de ter um acidente sério.
Veja o que pode acontecer ao dirigir e usar o celular:
- Desligue o celular no seu período mais produtivo. Só ligue quando finalizar o seu trabalho.
- Celular é meio, não fim – “O celular aproxima quem está longe, mas afasta quem está perto”, não deixe que isso aconteça com você. Em reuniões, refeições, nos momentos de lazer com os filhos, com os amigos, tudo isso é mais importante que o seu celular. Viva no mundo real e não viva o mundo só pela tela do seu celular.